Empregados da Coteminas realizam manifestações cobrando salários atrasados e altruísmo da FIEP pode fazer a diferença
Publicado em 14 de setembro de 2023À exceção de Marinaldo Cardoso, presidente da CMCG, na foto vemos os “traidores” de Campina, incluindo Magno Rossi
Empregados da COTEMINAS, com apoio de entidades sindicais tendo à frente o vereador Alexandre do Sindicato, mobilizaram-se em protesto realizado em frente à sede da unidade fabril de Campina Grande exigindo o pagamento de dois meses de salários atrasados, depósitos do FGTS não realizados nos últimos dois anos, a volta do “sacolão” (cesta básica), que se mantém sem ser entregue regularmente, vale transporte, etc.
O evento surpreendeu a cidade, que não entendeu o descaso da diretoria da empresa com a filial de Campina Grande. A COTEMINAS recebeu inúmeros incentivos fiscais (municipal e estadual) para se instalar. Apoio irrestrito da FIEP – Federação das Indústrias do Estado da Paraíba, através do presidente Buega Gadelha, que inclusive pôs como seu vice-presidente o gerente Magno Rossi, ainda à frente dos destinos da empresa na Paraíba.
Ouvindo especialistas da área têxtil sobre a crise instalada na COTEMINAS, todos foram unânimes em opinar sobre uma provável “má gestão”, ou projeto nebuloso que visa fechar suas portas em Campina Grande, e se realocar em outro Estado da Federação. Com o constante aumento dos preços das commodities no mercado internacional, não justifica a desaceleração da produção de fios, matéria prima mais procurada por todos os continentes, principalmente Europa (Zona do Euro) e Tigres Asiáticos, grandes produtores e exportadores de confecções.
DESAMBIENTADO
Alguns ex-gerentes setoriais da COTEMINAS culpam a crise instalada na empresa ao “mineiro” Magno Rossi, cidadão que Campina Grande recebeu de braços abertos e o adotou como filho ilustre. Sua mudança de domicílio foi um sinal que a unidade da Rainha da Borborema sairia do “radar” das suas prioridades. Em seguida, se tornou membro de um grupo “anti-campinense”, que queria tomar no grito a presidência da Federação das Indústrias do Estado da Paraíba, com o nítido propósito de levar sua sede para a Capital do Estado.
Magno Rossi esteve ao lado da chapa de oposição, que “travou” o processo eleitoral da FIEP – reeleição de Buega Gadelha – pelo período de cinco longos meses, levando a disputa a recorrentes “judicializações”, inclusive exigindo que a mesma se realizasse com um representante do Ministério do Trabalho.
Tudo em vão. O TRT/PB, após ser provocado por inúmeras vezes, sepultou em definitivo as pretensões “golpistas” da oposição, que ainda tentou anular o pleito, realizado sob supervisão da própria Justiça do Trabalho.
Muito embora não exista clima de revanchismo – Buega considera a política da FIEP em defesa da Indústria de Campina Grande e da Paraíba acima das discordâncias coloquiais intempestivas e já superadas – talvez falte a Magno Rossi “ambiente” para se reaproximar da FIEP. A entidade agirá de modo altruísta, e com certeza ajudará a COTEMINAS a permanecer em Campina Grande, ampliar seus quadros e continuar gerando emprego e renda para seus habitantes.
Fonte: Da Redação (Júnior Gurgel)