BOMBA – Construtora abandona obra do Cine Capitólio e revela que projetos licitados se mostram “inexequíveis/inexistentes”.

Publicado em 27 de maio de 2024

Às vésperas do início d’O Maior São João do Mundo uma bomba nada junina acaba de explodir nas mãos do prefeito Bruno Cunha Lima, petardo esse – por mais irônico que possa ser – silencioso e ainda camuflado entre as quatro paredes do Palácio do Bispo, mas assim mesmo capaz de tirar o sono do jovem alcaide campinense.

Trata-se de decisão tomada semana passada pela MVP engenharia e construção, empresa de Mossoró-RN ganhadora da licitação para as obras de recuperação do antigo Cine Capitólio, no centro da cidade, “gargalo” urbano que desafia pelo menos as cinco últimas administrações de Campina Grande.

A construtora paralisou as obras no último dia 20 e protocolou para o prefeito, cobrando-lhe ressarcimento pelo serviço até então executado, as razões da desistência.

No documento entregue ao prefeito a MVP diz que “evidencia-se que só foi possível constatar/mensurar as problemáticas existentes na obra licitada, no momento de sua execução, uma vez que os PROJETOS LICITADOS SE MOSTRARAM INEXEQUÍVEIS/INEXISTENTES”, ou seja, a construtora se encontra IMPEDIDA de executar a obra, bem como de atender ao cronograma físico financeiro contratado, por serem alheios à sua vontade.

O documento informa que “a gravidade na deficiência dos projetos licitados chega ao ponto de o projeto arquitetônico não poder ser executado, pois possui diferenças consideráveis nas dimensões da edificação, ou seja, a área existente no projeto é maior que a área do imóvel, o que foi devidamente reconhecido pela SEPLAN no dia 04/04/2024, após análise do levantamento topográfico realizado pela MVP”.

Ressalta ainda a MVP que “desde o início das mobilizações dos colaboradores para os trabalhos em campo, a obra vem sofrendo com paralisações sucessivas, principalmente por falta de projetos executivos, uma vez que estes sequer existiam, por exemplo: projetos de instalações, de fundações, das lajes de pisos, muro de arrimo, laje da marquise, escavações, estrutura metálica etc.”.

APALAVRA obteve, com exclusividade, cópia do documento da MVP e o publica, a seguir, integralmente, ficando no aguardo das manifestações oficiais do prefeito Bruno e do secretário da Educação, Raymundo Asfóra Neto, que já foram contatados pela reportagem:

PEDIDO_DE_RESCISAO_CONTRATUAL

Fonte: Da Redação