30 anos do Bluetooth: veja 5 curiosidades sobre a tecnologia

Publicado em 28 de maio de 2024

Tecnologia, batizada em referência ao rei viking Harald “Bluetooth” Gormsen, da Dinamarca, abriu possibilidades para um mundo conectado sem fio

Smartphones, fones de ouvido, videogames e até eletrodomésticos: é difícil o Bluetooth não marcar presença no cotidiano do brasileiro. Criado em 1994, essa ferramenta – que reflete profundamente o estilo de mundo globalizado – começou a ser desenvolvida há 30 anos e ainda se mantêm relevante, fugindo da obsolência.

O Bluetooth foi uma das invenções que mais impactaram a sociedade como sistema comunicacional mediado por tecnologias, possibilitando a troca de informações entre dois dispositivos sem a presença de fios, a curta distância.

Podendo ser encontrado em vários aparelhos do dia a dia, como em celulares, computadores, televisões, fones de ouvido sem fio, relógios de pulso e até mesmo em óculos escuros, o Bluetooth também influenciou o setor eletroeletrônico nacional, que encerrou o ano de 2023 com um faturamento de R$ 204,2 bilhões, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee).

Agência de Notícias da Indústria separou 5 curiosidades desse recurso que completa três décadas em 2024. Confira! 

Onde o Bluetooth foi criado?

O fone de ouvido sem fio vem ganhando muitos consumidores pela praticidade

Você sabia que o Bluetooth nasceu na Suécia? A empresa de telecomunicações Ericsson deu início à tecnologia em 1994, buscando uma nova maneira de realizar a comunicação sem fio entre seus celulares e outros acessórios.

Posteriormente, em 1998, quatro outras empresas se uniram à Ericsson para dar continuidade à pesquisa: NokiaIBMIntel e Toshiba.

No Brasil, o dispositivo sem fio só chegou ao mercado brasileiro em meados de 2008, e apenas para a comunicação entre notebooks e desktops.

A origem da palavra Bluetooth

Afresco do rei Harald Bluetooth no interior da Catedral de Roskilde, na Dinamarca

Na Idade Média, quando o uso de sobrenomes ainda não era comum, muitos reis e rainhas recebiam apelidos que se referiam ao estilo de governo ou características físicas. Esse foi o caso de rei viking dinamarquês Harald Blåtand Gormsen, cujo apelido pode ser traduzido para “blue tooth”, em inglês, e “dente azul”, em português.

Enquanto crenças locais indicam que Blåtand de fato possuía um dente azulado de tão podre, estudiosos acreditam que o adjetivo venha da junção de duas palavras dinamarquesas: “blå” (que significaria “homem de tez escura”) e “tan” (que significaria “homem notável”).

Dente podre ou não, o rei Bluetooth ficou famoso por unir os povos inimigos das regiões onde hoje se situa a Noruega, Suécia e Dinamarca, de maneira análoga à tecnologia, que possuía o propósito de unir dispositivos entre si e entre diferentes setores industriais, como computação, telefonia móvel e mercado automotivo.

Símbolo do Bluetooth criado com runas nórdicas

Formação da logotipo do Bluetooth pela junção das runas nórdicas Hagall e Berkanan.

E não para por aí! O logotipo do Bluetooth faz referência ao nome do rei ao unir as runas nórdicas Hagall e Berkanan, equivalente às letras H e B do nosso alfabeto, respectivamente.

O Bluetooth é prejudicial à saúde?

Independentemente das radiações Bluetooth, o estímulo excessivo de ruídos sonoros pode acarretar na chamada perda auditiva adquirida.

Muitas pessoas temem que a radiação emitida por conexões Bluetooth seja prejudicial para a saúde, mas não é bem assim.

As emissões de radiação são baixíssimas. A maioria dos fones de ouvido sem fio, por exemplo, operam com emissões por volta de 1 mW. Os celulares podem operar com potências de 1.000 mW até 2.000 mW, e as ondas de Wi-Fi, entre 30 mW e 200 mW.

Alguns cientistas já alertaram que há risco de câncer, problemas neurológicos e danos ao DNA por usar fones de ouvido sem fio em excesso, porém a Comissão Federal de Comunicações dos EUA afirmou que não há evidências de que a exposição do corpo ao Bluetooth possa causar danos à saúde.

Novo concorrente pode substituir o Bluetooth

A tecnologia seria capaz de melhorar a vida útil da bateria em fones de ouvido sem fio, rastreadores e outros aparelhos. Foto: Shutterstock

Estaríamos próximos ao fim do Bluetooth? Cientistas da Universidade de Sussex, no Reino Unido, desenvolveram uma tecnologia de transferência de dados mais eficiente que o Bluetooth, em termos energéticos.

O novo recurso utiliza ondas elétricas, enquanto Bluetooth, Wi-fi e 5G dependem de modulação eletromagnética, uma forma de tecnologia sem fio desenvolvida há mais de 125 anos. As ondas elétricas consomem muito menos energia que o Bluetooth e mantêm o tempo e rendimento necessário para transferência de informações.

O professor e pesquisador Daniel Roggen contou que esse novo recurso tornará a vida muito mais eficiente e abrirá novas oportunidades para interagir com dispositivos em casas inteligentes.

“A tecnologia é de baixo custo, o que significa que pode ser implementada na sociedade de forma rápida e fácil. Se fosse produzida em massa, ela poderia ser miniaturizada em um chip e custar apenas alguns centavos por dispositivo, podendo ser usada em todos os dispositivos em um futuro não muito distante”, afirma Daniel.

Fonte: Assessoria